sábado, 18 de dezembro de 2010

Soldados da ONU abusam de crianças

A organização não governamental Save the Children denunciou hoje em comunicado que membros de forças de paz e trabalhadores humanitários abusam sexualmente de crianças, com idades a partir dos seis anos. Num comunicado hoje divulgado, a Save the Children apelou para a urgente criação de um organismo de supervisão para analisar a situação dos menores em áreas como a Costa do Marfim, Sudão e Haiti. Para a Save the Children, o aspecto mais alarmante é que os abusos não são denunciados porque as crianças ficam assustadas. O alcance dos casos é significativo, afirmou a ONG, que pede para que seja criado com urgência um organismo de supervisão que permita proteger as crianças e denunciar melhor este tipo de situações. A directora executiva da Save the Children do Reino Unido, Jasmine Whitbread, disse que a investigação pôs a nu as ações depreciáveis de uma pequena quantidade de pessoas que abusam sexualmente de algumas das crianças mais vulneráveis do mundo, as crianças que se supunha terem de proteger. Whitbread acrescentou que a maioria dos trabalhadores das entidades de beneficência não participam em qualquer caso de abuso, mas apenas em trabalhos humanitários. A estação britânica BBC sublinhou hoje que entre os casos figura o de uma adolescente de 13 anos que relatou que dez membros da força de paz da ONU a violaram perto da sua casa na Costa do Marfim e a deixaram a sangrar, a tremer e a vomitar no mesmo local. De acordo com a emissora britânica, não foi tomada qualquer medida contra os soldados responsáveis. A directora da Save the Children na Costa do Marfim, Heather Kerr, afirmou que pouco se faz para apoiar as vítimas."São uma minoria, mas utilizam o poder para explorar sexualmente as crianças", adiantou Kerr, sublinhando que os menores "estão sofrendo exploração sexual e o abuso em silêncio".
[Artigo recebido de um Brasileiro fora do Brasil- J.R.A.]

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